JOÃO CALVINO E A UNIVERSIDADE


500 anos do Nascimento de João Calvino (1509-2009)

Introdução
Em 2009 comemoram-se os 500 anos do nascimento de João Calvino (1509-2009), um dos principais líderes da Reforma Protestante do século XVI e, certamente, o seu maior expoente em termos de teologia e educação. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo uma instituição de ensino confessional presbiteriana, cujas origens se encontram no trabalho de missionários calvinistas no Brasil, saúda a todos e aproveita para destacar, em sua Carta de Princípios 2009, a contribuição deste Reformador para a educação.

Breve Histórico de Calvino
O francês João Calvino nasceu em 1509 em Noyon, na França. As ligações de seu pai com o clero local deram ao menino valiosas oportunidades na área educacional. Frequentou a escola primária e secundária com os sobrinhos do bispo de Noyon e outras crianças de famílias destacadas. No início da adolescência, aos catorze anos, foi estudar em Paris; cursou filosofia e humanidades no Collège de Montaigu, ligado à Universidade daquela cidade.

Sentiu-se atraído pelo humanismo, ou seja, a apreciação pela antiga cultura greco-romana. Dedicou-se ao estudo do latim, do grego, da teologia e dos autores clássicos, além de fazer cursos na área do direito. Através de parentes, amigos e professores, recebeu influências do novo movimento protestante, convertendo-se à fé evangélica por volta de 1533. Dedicou-se, então, ao estudo sistemático e aprofundado da Bíblia, publicando em 1536 a primeira edição de sua obra mais famosa, a Instituição da Religião Cristã, mais conhecida como Institutas. No mesmo ano, passou a residir em Genebra, na Suíça, cidade que recentemente havia abraçado o protestantismo. Após breve permanência ali, viveu por três anos em Estrasburgo (1538-1541), no sul da Alemanha, junto ao reformador Martin Bucer (1491-1551). Nesse período, pastoreou uma igreja constituída basicamente de franceses exilados e, também, lecionou na academia de Johannes Sturm (1507-1589).

Em 1541 regressou a Genebra e ali passou o restante de sua vida. Desenvolveu prodigiosa atividade como líder eclesiástico, pastor, pregador e teólogo. Publicou uma imensa quantidade de escritos na forma de novas edições das Institutas (em latim e francês). A tradução dessa obra para o francês, em 1541, juntamente com outros dos seus muitos e belos escritos, contribuiu para modelar a língua francesa. Calvino também escreveu comentários bíblicos, tratados doutrinários e obras voltadas para a vida interna da Igreja.

Entre seus escritos, temos volumosa correspondência que manteve com um grande número de pessoas ao redor da Europa, desde governantes até pessoas simples. Seu relacionamento com as autoridades de Genebra, de início bastante tenso, passou a ser mais positivo nos anos finais de sua vida.

Em 1559, tornou-se cidadão de Genebra, publicou a edição definitiva das Institutas e fundou a Academia de Genebra, embrião da futura universidade. Faleceu em 1564, aos 55 anos. Alister McGrath demonstrou, em sua biografia sobre Calvino, como o mito de "o grande ditador de Genebra" é enraizado em conceitos populares difundidos especialmente por afirmações sem fatos históricos que as apoiassem, mas que, não obstante, acabaram por moldar a visão de Calvino que hoje prevalece em muitos meios acadêmicos.

No aspecto religioso, Calvino é considerado o pai da tradição protestante reformada, que engloba presbiterianos, congregacionais, uma parte dos batistas e parte do anglicanismo. Seus seguidores ficaram conhecidos, em geral, como reformados.

Augustus Nicodemus Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Colaboram com o conteúdo dessa Carta:
Dr. Alderi Souza de Matos
Dr. Hermisten Costa Pereira
Ms. Franklin Ferreira
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O Risco da confusão e a oportunidade da sabedoria divina

Provérbios 2.12-13; 24.14 e 2.6 e 9


Deixamos 2008 para trás. Um ano que prometia muitas coisas boas e que terminou prometendo muitas coisas ruins.

Agora, ao iniciarmos 2009, temos certa incerteza no ar: como será este novo ano?
Das projeções mais otimistas até as projeções mais pessimistas a única coisa que temos certeza é que: NÃO TEMOS CERTEZA DE NADA!

Palavras como CRISE, RISCO são usadas para definir 2009.

Juntamente com as palavras CRISE e RISCO, quero incluir a palavra CONFUSÃO (Tumulto, revolta, barulho. Estado do que encontra dificuldade em discernir. Falta de clareza).

A resposta da Bíblia para a confusão que vivemos chama-se SABEDORIA DIVINA.
Não podemos definir a Sabedoria Divina por meio dos dicionários, porque é algo que vem do próprio Deus. Buscando o conceito bíblico de sabedoria, podemos defini-la como o que é verdadeiro e justo, o que traz sensatez e prudência.

DUAS COMPARAÇÕES DO SIGNIFICADO DE SABEDORIA DIVINA:

GPS: A Sabedoria Divina é como um GPS que usamos para nos guiar pelas ruas a fim de chegarmos a nosso objetivo. A sabedoria Divina nos oferece um sistema de navegação que nos permite evitar caminhos errados e becos sem saídas:

A sabedoria o livrará do caminho dos maus, dos homens de palavras perversas, que abandonam as veredas retas para andarem por caminhos de trevas,
Provérbios 2.12-13

BM&F: A Sabedoria Divina pode ser comparada a uma Bolsa de Mercadorias e Futuros, pois nos mostra um modo efetivo de investir no futuro:

Saiba que a sabedoria também será boa para sua alma; se você a encontrar, certamente haverá futuro para você, e a sua esperança não vai decepcioná-lo.
Provérbios 24.14
O LIVRO DE PROVÉRBIOS

Percebam os dois versículos escolhidos para mostrar o significado da Sabedoria Divina são do Livro de Provérbios.
O Livro de Provérbios é o livro mais prático da Bíblia, coloca verdades importantes para o cotidiano numa prateleira onde podemos alcançar.
Ele toma a Sabedoria Divina, eterna, sem preço e a faz compreensível e acessível a pessoas comuns como você e eu.

Os Provérbios foram escritos na forma poética da cultura hebraica durante o período em que Israel foi dirigido por reis, vários séculos antes do nascimento de Cristo.
Muitos dos mais de 500 provérbios são atribuídos a Salomão, considerado pela própria Bíblia o homem mais sábio que já viveu sobre a terra.
Porém Deus usou estes homens sábios para compartilhar conosco Sua Sabedoria para que vivamos sabiamente aqui na terra, hoje no século XXI – ano de 2009.

Pois o Senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento. [...] Então você entenderá o que é justo, direito e certo e aprenderá os caminhos do bem. Provérbios 2.6 e 9

Neste domingo, o primeiro de 2009...
... diante de todos os riscos projetados e da confusão de mensagens em que vivemos quero oferecer a oportunidade de ouvirmos a Sabedoria Divina contida no Livro de Provérbios.
E que em 2009 possamos adotar...
5 (cinco) Atitudes dos que Buscam a Sabedoria Divina:

DESENVOLVER A DISCIPLINA

Provérbios nos diz que a ferramenta mais indispensável para nós é a DISCIPLINA.
A noção de disciplina muitas vezes levanta imagens negativas que nos dão uma idéia de punição: imaginamos uma criança que apanha, um soldado obedecendo a gritos ou um estudante que é expulso da escola.

Pensamos na disciplina como um mal inevitável, de rotina rígidas e perdas diárias, imposta por uma força exterior determinada a tornar a nossa vida mais desagradável.
Conforme essa visão, a disciplina é ruim e inimiga de uma vida feliz e significativa.

Eles ajudarão a experimentar a sabedoria e a disciplina; a compreender as palavras que dão entendimento; a viver com disciplina e sensatez, fazendo o que é justo, direito e correto;


Pv 1.2-3
Quando sonhamos atingir nosso mais alto potencial no estudo ou na profissão, precisamos de disciplina. Se desejarmos ser cônjuges, pais ou mães, ou amigos que tragam vida a outras pessoas, se sonharmos em honrar a Deus com nossas finanças e servir ao próximo com nosso dinheiro, se sonhamos em utilizar nossos dons espirituais de modo significativo, se desejamos manter a saúde física por meia de dietas e exercícios, precisamos de disciplina.

PERGUNTA:
Em 2008, onde você relaxou em suas responsabilidades para com o Senhor, para com os outros e para com sua própria saúde física e espiritual?

FALAR A VERDADE

O telefone tocou. E Heleninha, de apenas 5 anos de idade, atendeu rapidamente.
- Mamãe é para você!
- Diga que eu não estou, respondeu a mãe.
- A mamãe mandou dizer que ela não está, disse Heleninha, sem entender nada, é claro!

Vivemos numa sociedade onde reina a mentira, seja em casa, na política, no Governo, nas instituições. A mentira faz parte da vida até mesmo das pessoas honestas que não têm esse péssimo hábito. Essas pessoas acabam sofrendo as conseqüências desse "hábito cultural" porque se sentem impotentes diante dos maus exemplos apresentados na mídia diariamente. Não preciso nem citar exemplos aqui, certo?

Os lábios que dizem a verdade permanecem para sempre, mas a língua mentirosa dura apenas um instante. Pv 12.19

O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade;


Pv 12. 22
Não fomos criados para mentir!
Mas na verdade somos viciados em tranqüilidade! E toda vez que uma verdade pode ameaçar a nossa paz então optamos pela mentira. Queremos águas calmas e não mar em movimento.
Não podemos fazer escolhas pelos outros, mas podemos optar por dizer a verdade em amor.


PERGUNTA:
Em 2008, onde você mentiu distorceu a verdade? Em que situações vividas em 2008 foi mais difícil dizer a verdade?

HONRAR A FAMÍLIA

Como criador da família, Deus tem a autoridade e sabedoria para fazer leis e dar liderança para os melhores relacionamentos possíveis.

Esforçando-se para o ideal. Devemos esforçar-nos para deixar as nossas famílias o mais próximo possível do ideal, em vez de procurar brechas ou exceções como desculpas para nossas preferências ou falhas.

Uma pesquisa foi feita com famílias nos Estados Unidos e perguntaram às pessoas “Quais são os dez atos mais desonrosos no lar?” Aqui estão os resultados:

Ignorar ou não considerar as opiniões, os conselhos ou as crenças de outras pessoas.
Envolver-se na televisão ou no jornal enquanto outra pessoa tenta se comunicar conosco.
Fazer piadas sobre as fraquezas ou falhas de uma outra pessoa.
Fazer ataques verbais regulares contra um amado: criticar severamente, julgar, dar broncas sem carinho.
Não dar a devida importância à família do cônjuge ou a outros parentes no seu planejamento e comunicação.
Ignorar ou simplesmente não expressar gratidão por atos bons feitos para nós.
Praticar hábitos de mal gosto em frente da família – mesmo quando pedem que paramos.
Comprometer-nos exageradamente com outros projetos ou pessoas de maneira que tudo fora do lar pareça ser mais importante do que aquilo dentro do lar.
Lutas pelo poder que deixam uma pessoa se sentindo que é uma criança ou que está sendo severamente dominada.
Falta de vontade de admitirmos que estamos errado ou de pedir perdão.
A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe. Pv 29.15

Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos, e os pais são o orgulho dos seus filhos. Pv 17.6

Melhor é um pedaço de pão seco com paz e tranqüilidade do que uma casa onde há banquetes e muitas brigas. Pv 17.1

Para os antigos LAR FELIZ é aquele onde conviviam várias gerações.

CONTROLAR A IRA

Se o próprio Deus se ira, a ira em si não é uma emoção má ou pecaminosa que inevitavelmente nos conduziria a um mau comportamento ou pecado. Como a ira de Deus é justa, nossa ira também pode no dar energia para ações boas, justas e honradas.
Porém muitas vezes ficamos irados pelo egoísmo, pela preocupação com o nosso próprio bem estar ou por sentimentos extremo de que merecemos alguma coisa, é essencial que examinemos nossas atitudes.

Resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira. Pv 15.1

Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade. Pv 16.32

PERGUNTA: Em que situações no ano passado você perdeu o controle e estourou?

CONFIAR EM DEUS

Parece uma atitude tão básica. Mas muitas vezes confiamos em tudo menos em quem de fato devemos confiar: em nosso Criador, nosso Pai

Confie no Senhor de todo o seu coração e não apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos e ele endireitará as suas veredas. Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao Senhor e evite o mal. Pv 3.5-7

O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina. Pv 1.7

PERGUNTA: Quais as situações que você enfrentou em 2008 que o fizeram confiar em sua própria sabedoria ao invés de confiar na Sabedoria Divina?


CONCLUSÃO:

Não podemos cometer os mesmos erros de 2008.
Mas podemos ser melhores se confiarmos na Sabedoria Divina.

Identifique em sua vida uma área em que você não tenha buscado a sabedoria de Deus em 2008:

Ter Disciplina

Falar a Verdade

Honrar a Família

Controlar a Ira

Confiar em Deus

Em oração abra essa área de sua vida para o que Deus pensa ser o melhor.
Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o questionador desta era?
Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto que na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da pregação.

Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram sabedoria; nós porém pregamos o Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e fraqueza de Deus é mais forte do que a força do homem.

1 Coríntios 1 20-25

Clame a Deus por sabedoria e permaneça aberto para aceitar Suas respostas.

Agradeça a Deus pelo tesouro de sua Sabedoria.

Pr. Fábio Carrenho © 2009
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Tertuliano começa a escrever livros cristãos


"O sangue dos mártires é a semente da igreja."
"É certo por ser impossível." "O que Atenas e Jerusalém têm em comum?"
Frases mordazes como essas eram típicas das obras de Quinto Septímio Florente Tertuliano — ou simplesmente Tertuliano. Nativo de Cartago, foi criado em um lar de cultura paga e educado nos clássicos da literatura, na arte de discursar e em Direito. Por volta do ano 196, quando voltou seu poderoso intelecto para os tópicos cristãos, Tertuliano mudou o caráter do pensamento e da literatura da igreja ocidental.
Até esse ponto, a maioria dos escritores cristãos usava o grego — uma língua flexível e sutil, perfeita para filosofar e para discutir ninharias. Os cristãos de fala grega geralmente aplicavam a propensão filosófica à sua fé.
Embora Tertuliano, um africano, soubesse grego, preferia escrever em latim. Suas obras refletem a inclinação romana para a praticidade e para enfatizar a moral. Esse influente advogado atraiu muitos outros escritores para sua língua favorita.
Enquanto os cristãos gregos discutiam a divindade de Cristo e sua relação com o Pai, Tertuliano buscava unificar a fé e esclarecer a posição ortodoxa. Em função disso, criou uma fórmula bastante útil que é usada ainda hoje: Deus é uma única substância, consistindo em três pessoas.
Ao introduzir a fórmula o que se tornou a doutrina da Trindade, Tertuliano extraiu sua terminologia não dos filósofos, mas dos tribunais romanos. A palavra latina substantia não significava "material", mas carregava a idéia de "direito à propriedade". A substantia de Deus era o seu "torrão", por assim dizer. A palavra persona não significava "pessoa", do modo como usamos a palavra. Ela se referia a uma das partes na ação legal. Conforme esse uso, o termo permite que seja concebível que três personae pudessem compartilhar a mesma substantia. Três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) compartilham uma substância (a soberania divina).
Embora Tertuliano tivesse perguntado "o que Atenas [a filosofia] e Jerusalém [a igreja] têm em comum?", a filosofia estoica, bastante popular em sua época, causou grande influência na vida de Tertuliano. Alguns dizem que a idéia do pecado original passou do estoicismo para Tertuliano e depois para a igreja ocidental. Tertuliano parece ter pensado que, de alguma maneira, a alma era material: assim como o corpo é formado pela concepção, o mesmo acontece com a alma. O pecado de Adão é passado adiante como um traço genético.
A igreja ocidental passou a defender essa idéia, mas isso não aconteceu com a igreja do oriental (que assumiu visão mais otimista da natureza humana).
Por volta do ano 206, Tertuliano deixou a igreja para se juntar aos montañistas, grupo de "puristas" que reagiu contra o que consideravam uma frouxidão moral entre os cristãos. Eles esperavam que a Segunda Vinda acontecesse logo e passaram a ressaltar a liderança imediata do Espírito Santo, e não a do clero ordenado.
Embora Tertuliano tivesse começado a enfatizar a idéia da sucessão apostólica — a passagem do poder e da autoridade apostólica aos bispos —, ficou perturbado pela afirmação dos bispos de que tinham poder para perdoar pecados. Ele acreditava que isso levaria à frouxidão moral, assim como afirmou que isso se tratava de grande presunção por parte dos bispos. Além do mais, pensava, não seriam todos os crentes sacerdotes? Seria a igreja formada por santos que dirigiam a si mesmos ou uma turba de santos e pecadores administrados por uma "classe" profissional, o clero?
Tertuliano lutava contra forças poderosas. Por mais de 1 200 anos, o clero teria um lugar especial. Somente depois de Martinho Lutero ter desafiado a igreja é que "o sacerdócio de todos os crentes" foi defendido outra vez.
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C. 156 - O martírio de Policarpo


O dia estava quente. As autoridades de Esmirna procuravam Policarpo, o respeitado bispo da cidade. Elas já haviam levado outros cristãos à morte na arena. Agora, uma multidão exigia a morte do líder.
Policarpo saíra da cidade e se escondera na propriedade de alguns amigos, no interior. Quando os soldados entraram, ele fugiu para outra propriedade. Embora o idoso bispo não tivesse medo da morte e quisesse permanecer na cidade, seus amigos insistiram em que se escondesse, talvez com temor de que sua morte pudesse desmoralizar a igreja. Se esse era o caso, estavam completamente equivocados.
Quando os soldados alcançaram a primeira fazenda, torturaram um menino escravo para que revelasse o paradeiro de Policarpo. Assim, apressaram-se, bem armados, para prender o bispo. Embora tivesse tempo para escapar, Policarpo se recusou a agir assim. "Que a vontade de Deus seja feita", decidiu. Em vez de fugir, deu as boas-vindas aos seus captores, ofereceu-lhes comida e pediu permissão para passar um momento sozinho em oração. Policarpo orou durante duas horas.
Alguns dos que ali estavam com a finalidade de prendê-lo pareciam arrependidos por prender um homem tão simpático. No caminho de volta a Esmirna, o chefe da guarda tentou argumentar com Policarpo: "Que problema há em dizer 'César é senhor' e acender incenso?".
Policarpo calmamente disse que não faria isso.
As autoridades romanas desenvolveram a idéia de que o espírito (ou o "gênio") do imperador (César) era divino. A maioria dos romanos, por causa de seu panteão, não tinha problema em prestar culto ao imperador, pois entendia a situação como questão de lealdade nacional. Porém, os cristãos sabiam que isso era idolatria.
Pelo fato de os cristãos se recusarem a adorar o imperador ou os outros deuses de Roma e adorar Cristo de maneira silenciosa e secreta em seus lares, a maioria das pessoas achava que eles não tinham fé. "Fora com os ateus!", gritavam os habitantes de Esmirna, enquanto buscavam os cristãos para prendê-los. Como sabiam apenas que os cristãos não participavam dos muitos festivais pagaos e não ofereciam os sacrifícios comuns, a multidão atacava o grupo considerado ímpio e sem pátria.
Então, Policarpo entrou em uma arena cheia de pessoas enfurecidas. O procónsul romano parecia respeitar a idade do bispo. Como Pilatos, queria evitar uma cena horrível, se fosse possível. Se Policarpo apenas oferecesse um sacrifício, todos poderiam ir para casa.
— Respeito sua idade, velho homem — implorou o procónsul.
— Jure pela felicidade de César. Mude de idéia. Diga "Fora com os ateus!".
O procónsul obviamente queria que Policarpo salvasse a vida ao separar-se daqueles "ateus", os cristãos. Ele, porém, simplesmente olhou para a multidão zombadora, levantou a mão na direção deles e disse:
— Fora com os ateus!
O procónsul tentou outra vez:
— Faça o juramento e eu o libertarei. Amaldiçoe Cristo!
O bispo se manteve firme.
— Por 86 anos servi a Cristo, e ele nunca me fez qualquer mal. Como poderia blasfemar contra meu Rei, que me salvou?
A tradição diz que Policarpo estudou com o apóstolo João. Se isso foi realmente verdade, ele era, provavelmente, o último elo vivo com a igreja apostólica. Cerca de quarenta anos antes, quando Policarpo começou seu ministério como bispo, Inácio, um dos pais da igreja, escreveu a ele uma carta especial. Policarpo escreveu, de próprio punho, uma carta aos filipenses. Embora não seja especialmente brilhante e original, essa carta fala sobre as verdades que ele aprendeu com seus mestres. Policarpo não fazia exegese de textos do Antigo Testamento, como os estudiosos cristãos posteriores, mas citava os apóstolos e os outros líderes da igreja para exortar os filipenses.
Cerca de um ano antes do martírio, Policarpo foi a Roma para acertar algumas diferenças quanto à data da Páscoa com o bispo daquela cidade. Uma história diz que, nessa cidade, ele debateu com o herege Mar-cião, a quem chamava "o primogênito de Satanás". Diz-se que diversos seguidores de Marcião se converteram com sua exposição dos ensinamentos apostólicos.
Este era o papel de Policarpo: ser uma testemunha fiel. Líderes posteriores apresentariam saídas criativas diante de situações em constante mutação, mas a era de Policarpo requeria apenas fidelidade. Ε ele foi fiel até a morte.
Na arena, a argumentação continuava entre o bispo e o procónsul. Em certo momento, Policarpo admoestou seu inquisidor: "Se você [...] finge que não sabe quem sou, ouça bem: sou um cristão. Se você quer aprender sobre o cristianismo, separe um dia e me conceda uma audiência". O procónsul ameaçou jogá-lo às feras.
Policarpo disse: "Pois chame-as. Se isto fosse uma mudança do mal para o bem, eu a consideraria, mas não posso admitir uma mudança do melhor para o pior".
Ameaçado pelo fogo, Policarpo reagiu: "Seu fogo poderá queimar por uma hora, mas depois se extinguirá; mas o fogo do julgamento por vir é eterno".
Por fim, anunciou-se que Policarpo não se retrataria. O povo de Es-mirna gritou: "Este é o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nossos deuses, que ensina o povo a não sacrificar e a não adorar!".
O procónsul ordenou que o bispo fosse queimado.
Policarpo foi amarrado a uma estaca, e o fogo foi ateado. Contudo, de acordo com testemunhas oculares, seu corpo não se consumia. Conforme o relato dessas testemunhas, ele "estava lá no meio, não como carne em chamas, mas como um pão sendo assado ou como o ouro e a prata sendo refinados em uma fornalha. Sentimos o suave aroma, semelhante ao de incenso, ou ao de outra especiaria preciosa".
Quando um dos executores o perfurou com uma lança, o sangue que jorrou apagou o fogo.
Este relato foi repassado às congregações por todo o império. A igreja valorizou esses relatos e começou a celebrar a vida e a morte de seus mártires, chegando a coletar seus ossos e outras relíquias. Em 23 de fevereiro, todos os anos, comemoravam o "dia do nascimento" de Policarpo no Reino celestial.
Nos 150 anos seguintes, à medida que centenas de outros mártires caminharam fielmente para a morte, muitos foram fortalecidos pelos relatos do testemunho fiel do bispo de Esmirna.
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Justino Mártir escreve sua Apologia

O jovem filósofo caminhava junto à costa, sua mente estava agitada, sempre ativa, buscando novas verdades. Ele estudara os ensinamentos dos estoicos, de Aristóteles e de Pitágoras; e, naquele momento, era adepto do platonismo, que prometera uma visão de Deus aos que sondassem a verdade com profundidade suficiente. Era isso que o filósofo Justino queria.
Enquanto caminhava, encontrou-se com um cristão, já idoso. Justino ficou perplexo diante de sua dignidade e humildade. O homem citou várias profecias judaicas, mostrando que o caminho cristão era realmente verdadeiro. Jesus era a verdadeira expressão de Deus.
Esse encontro ocasionou grande mudança na vida de Justino. Debruçado sobre aqueles escritos proféticos, lendo os evangelhos e as cartas de Paulo, ele se tornou um cristão dedicado. Assim, nos últimos trinta anos de sua vida, viajou, evangelizou e escreveu. Desempenhou um papel muito importante no desenvolvimento da teologia da igreja, assim como da compreensão que a igreja tinha de si mesma e da imagem que apresentava ao mundo.
Praticamente desde o início, a igreja funcionou em dois mundos: o judeu e o gentío. O livro de Atos dos Apóstolos registra o lento e, às vezes, doloroso desabrochar do cristianismo no mundo gentío. Pedro e Estêvão pregaram aos ouvintes judeus, e Paulo falou aos filósofos atenienses e aos governadores romanos.
A vida de Justino apresenta muitos paralelos com a vida de Paulo. O apóstolo era um judeu nascido em área gentia (Tarso); Justino era um gentio nascido em área judaica (a antiga Siquém). Eles tinham boa formação e usavam o dom da argumentação para convencer judeus e gentíos da verdade de Cristo. Os dois foram martirizados em Roma em razão de sua fé.
Durante os reinados dos imperadores do século I, por exemplo, Nero e Domiciano, a igreja se esforçava sobreviver, para continuar sua tradição e para mostrar ao mundo o amor de Jesus Cristo. Os não-cristãos viam o cristianismo como uma seita primitiva, uma ramificação do judaismo caracterizada por ensinamentos e práticas estranhas.
Em meados do século II, sob o comando de imperadores mais razoáveis como Trajano, Antonino Pio e Marco Aurélio, a igreja teve uma nova preocupação: explicar o motivo de sua existência para o mundo de maneira convincente. Justino se tornou um dos primeiros apologistas cristãos, ou seja, um dos que explicavam a fé como sistema racional. Com escritores que surgiriam mais tarde — como Orígenes e Tertuliano —, ele interpretou o cristianismo em termos que seriam familiares aos gregos e aos romanos instruídos de seus dias.
A maior obra de Justino, a Apologia, foi endereçada ao imperador Antonino Pio (a palavra grega apologia refere-se à lógica na qual as crenças de uma pessoa são baseadas). Enquanto Justino explicava e defendia sua fé, ele discutia com as autoridades romanas por que considerava errado perseguir os cristãos. De acordo com seu pensamento, as autoridades deveriam unir forças com os cristãos na exposição da falsidade dos sistemas pagãos.
Para Justino, toda verdade era verdade de Deus. Os grandes filósofos gregos haviam sido inspirados por Deus até certo ponto, mas permaneciam cegos com relação à plenitude da verdade de Cristo. Desse modo, Justino trabalhou livremente com o pensamento grego, explicando Cristo como seu cumprimento. Ele se aproveitou do princípio apresentado pelo apóstolo João, no qual Cristo é o Logos, a Palavra. Deus Pai era santo e separado da humanidade maligna, e Justino concordava com Platão nesse aspecto. Porém, por intermédio de Cristo, seu Logos, Deus pôde alcançar os seres humanos. Como o Logos de Deus, Cristo era parte da essência de Deus, embora separado, do mesmo modo que uma chama se acende a partir de outra (é por isso que o pensamento de Justino foi fundamental no desenvolvimento da consciência da igreja com relação à Trindade e à encarnação).
Contudo, Justino tinha uma linha de pensamento judia que caminhava com suas inclinações gregas. Era fascinado pelas profecias já cumpridas. Ε possível que isso tenha nascido no encontro com o idoso à beira-mar. Porém, ele percebeu que a profecia hebraica confirmou a identidade singular de Jesus Cristo. Como Paulo, Justino não abandonou os judeus à medida que se aproximava dos gregos. Em Diálogo com Trifão, outra grande obra, ele escreve a um judeu, um conhecido dele, apresentando Cristo como cumprimento da tradição hebraica.
Além de escrever, Justino viajou bastante, sempre argumentando a favor da fé. Ele se encontrou com Trifão em Êfeso. Em Roma, encontrou-se com Marcião, o líder gnóstico. Em outra ocasião, durante uma viagem a Roma, Justino se indispôs com um homem chamado Crescendo, o Cínico. Quando Justino retornou a Roma, por volta do ano 165, Crescendo o denunciou às autoridades. Justino foi preso, torturado e decapitado, com outros seis crentes.
Justino escreveu certa vez: "Vocês podem nos matar, mas não podem nos causar dano verdadeiro". O apologista apegou-se a essa convicção até a morte. Ao fazer isso, recebeu o nome que passaria a usar por toda a história: Justino Mártir.
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70 - Tito destrói Jerusalém


Géssio Floro amava o dinheiro e odiava os judeus. Como procurador romano, governava a Judéia e pouco se importava com as sensibilidades religiosas. Quando a entrada de impostos era baixa, ele se apoderava da prata do Templo. Em 66, quando a oposição cresceu, ele enviou tropas a Jerusalém para crucificar e massacrar alguns judeus. A ação de Floro foi o estopim para uma revolta que já estava em ebulição havia algum tempo.
No século anterior, Roma não tinha tratado os judeus de maneira adequada. Primeiramente, Roma havia fortalecido o odiado usurpador Herodes, o Grande. Apesar de todos os belos edifícios que construíra, Herodes não conseguiu lugar no coração das pessoas.
Arquelau, filho de Herodes e seu sucessor-, era tão cruel que o povo pediu a Roma que lhe desse um alívio. Roma atendeu a esse pedido enviando diversos governadores: Pôncio Pilatos, Félix, Festo e Floro. Eles, assim como outros, tinham a tarefa, nada invejável, de manter a paz em uma terra bastante instável.
O espírito independente dos judeus nunca morreu. Eles olhavam com orgulho para os dias dos macabeus, quando se livraram do jugo de seus senhores sírios. Agora, suas desavenças mesquinhas e o fabuloso crescimento de Roma os colocavam novamente sob o comando de mãos estrangeiras.
O clima de revolução continuou durante o governo de Herodes. Os zelotes e os fariseus, cada um à sua maneira, queriam que as mudanças acontecessem. O fervor messiânico estava em alta. Jesus não estava brincando quando disse que as pessoas falariam: "'Vejam, aqui está o Cristo!' ou Ali está ele!'". Esse era o espírito da época.
Foi em Massada (formação rochosa praticamente inexpugnável, que se eleva próximo ao mar Morto, onde Herodes construiu um palácio e os romanos ergueram uma fortaleza) que a revolta judaica teve seu início e um fim trágico.
Inspirados pelas atrocidades de Floro, alguns zelotes ensandecidos decidiram atacar a fortaleza. Para surpresa de todos, eles a conquistaram, massacrando o exército romano que estava acampado ali.
Em Jerusalém, o capitão do Templo, quando interrompeu os sacrifícios diários a favor de César, declarou abertamente uma rebelião contra Roma. Não demorou muito para que toda a Jerusalém ficasse alvoroçada, e as tropas romanas fossem expulsas ou mortas. A Judéia se revoltou, e a seguir a Galiléia. Por um breve período de tempo, parecia que os judeus estavam virando o jogo.
Céstio Galo, o governador romano da região, saiu da Síria com 20 mil soldados. Cercou Jerusalém por seis meses, mas fracassou, deixando para trás seis mil soldados romanos mortos e grande quantidade de armamentos que os defensores judeus recolheram e usaram.
O imperador Nero enviou Vespasiano, general condecorado, para sufocar a rebelião. Vespasiano foi minando a força dos rebeldes, eliminando a oposição na Galiléia, depois na Transjordânia e por fim na Idu-méia. A seguir, cercou Jerusalém.
Contudo, antes do golpe de misericordia, Vespasiano foi chamado a Roma, pois Nero morrera. O pedido dos exércitos orientais para que Vespasiano fosse o imperador marcou o fim de uma luta pelo poder. Em um de seus primeiros atos imperiais, Vespasiano nomeou seu filho, Tito, para conduzir a guerra contra os judeus.
A situação se voltou contra Jerusalém, agora cercada e isolada do restante do país. Facções internas da cidade se desentendiam com relação às estratégias de defesa. Conforme o cerco se prolongava, as pessoas morriam de fome e de doenças. A esposa do sumo sacerdote, outrora cercada de luxo, revirava as lixeiras da cidade em busca de alimento.
Enquanto isso, os romanos empregavam novas máquinas de guerra para arremessar pedras contra os muros da cidade. Aríetes forçavam as muralhas das fortificações. Os defensores judeus lutavam durante todo o dia e tentavam reconstruir as muralhas durante a noite. Por fim, os romanos irromperam pelo muro exterior, depois pelo segundo muro, chegando finalmente ao terceiro muro. Os judeus, no entanto, continuaram lutando, pois correram para o Templo — sua última linha de defesa.
Esse foi o fim para os bravos guerreiros judeus — e também para o Templo. Josejo, historiador judeu, disse que Tito queria preservar o Templo, mas os soldados estavam tão irados com a resistência dos oponentes que terminaram por queimá-lo.
A queda de Jerusalém, essencialmente, pôs fim à revolta. Os judeus foram dizimados ou capturados e vendidos como escravos. O grupo dos zelotes que havia tomado Massada permaneceu na fortaleza por três anos. Quando os romanos finalmente construíram a rampa para cercar e invadir o local, encontraram todos os rebeldes mortos. Eles cometeram suicídio para que não fossem capturados pelos invasores.
A revolta dos judeus marcou o fim do Estado judeu, pelo menos até os tempos modernos.
A destruição do Templo de Herodes significou mudança no culto judaico. Quando os babilônios destruíram o Templo de Salomão, em 586 a.C, os judeus estabeleceram as sinagogas, onde podiam estudar a Lei de Deus. A destruição do Templo de Herodes pôs fim ao sistema ‘sacrificai judeu’ e os forçou a contar apenas com as sinagogas, que cresceram muito em importância.
Onde estavam os cristãos durante a revolta judia? Ao lembrar das advertências de Cristo (Lc 21.20-24), fugiram de Jerusalém assim que viram os exércitos romanos cercar a cidade. Eles se recusaram a pegar em armas contra os romanos e retiraram-se para Pela, na Transjordânia.
Uma vez que a nação judaica e seu Templo tinham sido destruídos, os cristãos não podiam mais confiar na proteção que o império dava ao judaísmo. Não havia mais onde se esconder da perseguição romana.
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64 - O incêndio de Roma


Talvez o cristianismo não se expandisse de maneira tão bem-sucedida, caso o Império Romano não tivesse existido. Podemos dizer que o império era um tambor de gasolina à espera da faísca da fé cristã.
Os elementos unificadores do império ajudaram na expansão do evangelho. Com as estradas romanas, as viagens ficaram mais fáceis do que nunca. As pessoas falavam grego por todo o império e o forte exército romano mantinha a paz. O resultado da facilidade de locomoção foi a migração de centenas de artesãos, por algum tempo, para cidades maiores — Roma, Corinto, Atenas ou Alexandria — e depois se mudavam para outro lugar. O cristianismo encontrou um clima aberto à religiosidade. Em um movimento do tipo Nova Era, muitas pessoas começaram a abraçar as religiões orientais — a adoração a Isis, Dionisio, Mitra, Cibele e outros. Os adoradores buscavam novas crenças, mas algumas dessas religiões foram declaradas ilegais por serem suspeitas de praticar rituais ofensivos. Outras crenças foram oficialmente reconhecidas, como aconteceu com o judaísmo, que já desfrutava proteção especial desde os dias de Júlio César, embora seu monoteísmo e a revelação bíblica o colocassem à parte das outras formas de adoração.
Tirando plena vantagem da situação, os missionários cristãos viajaram por todo o império. Ao compartilhar sua mensagem, as pessoas nas sinagogas judaicas, nos assentamentos dos artesãos e nos cortiços se convertiam. Em pouco tempo, todas as cidades principais tinham igrejas, incluindo a capital imperial.
Roma, o centro do império, atraía pessoas como um ímã. Paulo quis visitar Roma (Rm 1.10-12), e, na época em que escreveu sua carta à igreja romana, vemos que ele já saudava diversos cristãos romanos pelo nome (Rm 16.3-15), talvez porque já os tivesse encontrado em suas viagens.
Paulo chegou a Roma acorrentado. O livro de Atos dos Apóstolos termina narrando que Paulo recebia convidados e os ensinava em sua casa, onde cumpria pena de prisão domiciliar, ainda que, de certa forma, não vigiada.
A tradição também diz que Pedro passou algum tempo na igreja romana. Embora não tenhamos números precisos, podemos dizer que, sob a liderança desses dois homens, a igreja se fortaleceu, recebendo tanto nobres e soldados quanto artesãos e servos.
Durante três décadas, os oficiais romanos achavam que o cristianismo era apenas uma ramificação do judaísmo — uma religião legal — e tiveram pouco interesse em perseguir a nova "seita" judaica. Muitos judeus, porém, escandalizados pela nova fé, partiram para o ataque, tentando inclusive envolver Roma no conflito.
O descaso de Roma pela situação pode ser visto no relato do historiador romano Tácito. Ele relata uma confusão entre os judeus, instigada por um certo "Chrestus", ocorrida em um dos cortiços de Roma. Tácito pode ter ouvido errado, mas parece que as pessoas estavam discutindo sobre Christos, ou seja, Cristo.
Por volta de 64 d.C, alguns oficiais romanos começaram a perceber que o cristianismo era substancialmente diferente do judaísmo. Os judeus rejeitavam o cristianismo, e cada vez mais pessoas viam o cristianismo como uma religião ilegal. A opinião pública pode ter começado a mudar em relação à fé nascente até mesmo antes do incêndio de Roma. Embora os romanos aceitassem facilmente novos deuses, o cristianismo não estava disposto a partilhar a honra com outras crenças. Quando o cristianismo desafiou o politeísmo tão profundamente arraigado de Roma, o império contra-atacou.
Em 19 de julho, ocorreu um incêndio em uma região de trabalhadores de Roma. O incêndio se prolongou por sete dias, consumindo um quarteirão após o outro dos cortiços populosos. De um total de catorze quarteirões, dez foram destruídos, e morreram muitas pessoas.
A lenda diz que o imperador romano Nero "dedilhava" um instrumento musical, enquanto Roma era destruída pelas chamas. Muitos de seus contemporâneos achavam que Nero fora o responsável pelo incêndio. Quando a cidade foi reconstruída, mediante o uso de altas somas do dinheiro público, Nero se apoderou de grande uma extensão de terra e construiu ali os Palácios Dourados. O incêndio pode ter sido a maneira rápida de renovar a paisagem urbana.
Objetivando desviar a culpa que recaíra sobre si, o imperador criou um conveniente bode expiatório: os cristãos. Eles tinham dado início ao incêndio, acusou o imperador. Como resultado, Nero jurou perseguir e matar os cristãos.
A primeira onda da perseguição romana se estendeu de um período pouco posterior ao incêndio de Roma até a morte de Nero, em 68 d.C. Sua enorme sede por sangue o levou a crucificar e queimar vários cristãos cujos corpos foram colocados ao longo das estradas romanas, iluminando-as, pois eram usados como tochas. Outros vestidos com peles de animais, eram destroçados por cães nas arenas. De acordo com a tradição, tanto Pedro quanto Paulo foram martirizados na perseguição de Nero: Paulo foi decapitado, e Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.
Entretanto, a perseguição ocorria de maneira esporádica e localizada. Um imperador podia intensificar a perseguição por dez anos ou mais; mas um período de paz sempre se seguia, o qual era interrompido abruptamente quando um governador local resolvia castigar novamente os cristãos de sua área, sempre com o aval de Roma. Esse padrão se prolongou por 250 anos.
Tertuliano, escritor cristão do século li, disse: "O sangue dos mártires é a semente da igreja". Para surpresa geral, sempre que surgia perseguição, o número de cristãos a ser perseguido aumentava. Em sua primeira carta, Pedro encorajou os cristãos a suportar o sofrimento, confiantes na vitória derradeira e no governo divino que seria estabelecido em Cristo (lPe 5.8-11). O crescimento da igreja sob esse tipo de pressão provou, em parte, a veracidade dessas palavras.
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1830 - Começo dos avivamentos urbanos com Charles G. Finney

A onda de avivamento da Nova Inglaterra já varria o sul e o oeste, alcançando a fronteira ocidental no Tennessee e em Kentucky por volta de 1800. A medida que caminhava para o oeste, o avivamento ficava cada vez mais conhecido pelo emociona-lismo de seus convertidos.
Como muitos outros calvinistas, os presbiterianos duvidavam muito das conversões emocionais, mas um dos responsáveis mais animados e eficientes pelo avivamento do século xix surgiu de suas próprias fileiras.
Charles Grandison Finney nasceu em 1 792, no Estado de Connecticut. Como muitas pessoas de sua idade, ele se mudou para o oeste. Em 1794, seus pais se mudaram para Nova York. O jovem Finney estudou Direito no escritório local em Adams, Nova York, e foi admitido na Corte Estadual.
Interessou-se pela Bíblia graças às muitas referências a ela nos livros de Direito. Desse modo, Finney começou a ler a Palavra de Deus e a freqüentar a igreja. Depois de um período de luta intensa, ele teve uma experiência de conversão em 1821. Conforme seu próprio relato, disse: "Recebi do Senhor Jesus Cristo a incumbência de lutar por sua causa". Ε imediatamente começou a pregar.
Finney juntou-se à Igreja Presbiteriana e foi ordenado em 1824, depois de estudar com seu pastor. Viajava a cavalo, indo de vila em vila, e atraía as multidões. Aquele pregador — alto, articulado e notável — falava de maneira simples e direta, como se estivesse diante de um júri.
Os pregadores das reuniões ao ar livre [chamadas "camp meetings"] eram famosos por dar grande ênfase ao emocionalismo. Embora Finney evitasse maneirismos teatrais, ele buscava obter a atenção dos seus ouvintes pelo entusiasmo, pois dizia: "A humanidade não agirá até que esteja entusiasmada". Trabalhando com o Espírito Santo, procurou levar a Palavra de Deus ao povo.
Em 1830, Finney liderou avivamentos notáveis na cidade de Rochester, Nova York. Daquele momento em diante, o avivamento se tornou característica da vida urbana norte-americana.
Em 1832, Finney se mudou para a Segunda Igreja Presbiteriana da cidade de Nova York, mas sempre teve objeções quanto ao hipercalvinismo dos presbiterianos e, em 1834, mudou-se novamente para a Igreja Con-gregacional, o Broadway Tabernacle, construído especialmente para ele.
Finney devia muito de seus métodos de avivamento — chamados de "novas medidas" — aos pregadores das regiões mais afastadas do país, que ficaram famosos graças ao emo-cionalismo. Ele usava um recurso chamado "banco dos ansiosos", um lugar bem na frente da igreja aonde os pecadores podiam se dirigir para pedir orações. Finney conduzia reuniões de oração que varavam a noite, nas quais os pecadores eram citados nominalmente e as mulheres podiam orar em público. Embora não encorajasse algumas práticas, o avivamento permitia a ocorrência de gritos, de gemidos e de outras evidências de emoção.
Essas novas medidas se tornariam parte característica da obra de avivamento, e as igrejas que usavam esses artifícios cresceram, a despeito dos ataques que muitos críticos faziam a esses métodos.
Antes de visitar uma cidade, Finney recrutava ministros e leigos das igrejas locais. Eles organizavam reuniões de oração e, depois da reunião de avivamento, podiam trabalhar com os novos convertidos, visitando-os e convidan-do-os a se filiar à igreja. Foi um papel muito importante, pois, se as igrejas locais não estivessem dispostas a se envolver no trabalho posterior, Finney não pregaria naquele lugar.
Além disso, as equipes de apoio local distribuíam folhetos, afixavam cartazes e colocavam anúncios nos jornais. A promoção se tornara parte do evangelismo.
A despeito da oposição que enfrentava, a energia, a determinação e a inteligência de Finney — além, é claro, do sucesso de suas novas medidas — fizeram com que suas idéias se firmassem. O avivamento moderno havia começado.
Na publicação de 1835, intitulada Preleções sobre o avivamento da religião, Finney explicava: "O avivamento não é um milagre e não depende, de forma alguma, de um milagre. Ele é o resultado do uso correto dos meios constituídos".
Os métodos de Finney foram bem recebidos por uma nação que estava bastante consciente do grande valor que o homem comum possuía na democracia de Jackson. O avivamento fez com que a pessoa simples se tornasse participante de um grande drama religioso, ao apelar para a crença de que todas as pessoas podiam fazer a escolha certa favor de Deus. Ao concentrar-se na capacidade que todas as pessoas tinham de julgar por si mesmas, ele estava em harmonia com a idéia americana de que um atendente ou um trabalhador braçal possuía tanta racionalidade e valor quanto o dono da fazenda.
Em 1835, Finney foi para a Ober-lin College a fim de estudar Teologia. Dezesseis anos depois, tornou-se o presidente daquela entidade. Ele continuou a promover avivamentos até sua morte, em 1875.
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Aprendendo com as fases do ministério

Introduçao: Macedónia é uma região do sudeste da Europa, que ocupa a parte central do que agora se conhece como a Península Balcânica. Foi, em tempos, uma província romana que se estendia desde o Mar Adriático, no Oeste, até o Mar Egeu, no Leste, e ficava ao Norte da Acaia.A cidade de Filipos – Era uma cidade importante no Império Romano por causa de sua localização geográfica na região montanhosa entre a Ásia e Europa.
Filipos - três características:
1. Prata e ouro nas proximidades com minas.
2. Em 368 A.C. Filipe , pai de Alexandre, o grande, fundou a cidade e deu o seu nome a nova cidade.
3. Logo depois se tornou colônia romana.
O apóstolo Paulo visita Filipos pela primeira vez, por ocasião de sua Segunda viagem missionária, como descrito em Atos 16. A visão que Paulo teve em Troas, era Deus convocando o apóstolo a passar ao continente europeu, dando-se ali, em Filipos, as primeiras conversões na Europa e, por isso, Filipos tem sido chamada o "berço do cristianismo europeu".
"De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. (Atos 16:9-12)
A igreja em Filipos cresceu e se fortaleceu e trouxe muitas alegrias ao coração do apóstolo. Paulo escreve esta carta, muitos anos mais tarde quando, na prisão em Roma, em condições subumanas, mas que não puderam tirar o gozo do servo de Deus. A igreja de Filipos amava muito a seu pai na fé, e mostra-lhe muito afeto, enviando-lhe uma carta viva na pessoa de seu representante Epafrodito. Não esqueceu, também, de enviar-lhe algum dinheiro para alguma necessidade temporal.
Características da carta – Notamos três características principais nesta carta.
Primeiramente: é uma carta bem pessoal, indicando a profundidade da amizade e fraternidade entre o apóstolo e a igreja.
Segunda marca desta carta: é a centralidade da pessoa de Jesus Cristo e o Seu senhorio.
Terceiro: Nesta carta temos um dos mais belos hinos sobre a humilhação e exaltação de Cristo como Senhor absoluto.
"Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai." (Filip. 2:5-11)
Mas, sem dúvida, uma outra grande característica de Filipenses é o destaque que o apóstolo dá ao gozo reinante no seu coração, apesar de estar ele em circunstâncias humanas tão tristes na prisão. Só Deus pode, pelo Seu Espírito, colocar "alegria" no coração de Seus servos em "qualquer tempo" e sob "quaisquer circunstâncias".
A nota dominante – Esta é a mais "alegre" carta do Novo Testamento. Do início ao final a alegria é a nota dominante.
Alegria ;grego “CHARA”; aparece 5 vezes.
"Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com ALEGRIA" (1:4)
"E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para vosso progresso e GOZO na fé" (1:25)
"Completai o meu GOZO, para que tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa" (2:2)
"Recebei-o, pois, no Senhor com todo o GOZO, e tende em honra a homens tais como ele" (2:29)
"Portanto, meus amados e saudosos irmãos, minha ALEGRIA e coroa, permanecei assim firmes no Senhor, amados." (4:1)
O verbo regozijai-vos (CHAIREIN) onze vezes:
"Mas que importa? contanto que, de toda maneira, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja anunciado, nisto me REGOZIJO, sim, e me REGOZIJAREI" (1:18)
"Contudo, ainda que eu seja derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, FOLGO e me REGOZIJO com todos vós" (2:17)
"E pela mesma razão FOLGAI vós também e REGOZIJAI-VOS comigo." (2:18)
"Por isso vo-lo envio com mais urgência, para que, vendo-o outra vez, vos REGOZIJEIS, e eu tenha menos tristeza." (2:28)
"Quanto ao mais, irmãos meus, REGOZIJAI-VOS no Senhor. Não me é penoso a mim escrever-vos as mesmas coisas, e a vós vos dá segurança." (3:1)
"REGOZIJAI-VOS sempre no Senhor; outra vez digo, REGOZIJAI-VOS." (4:4)
"Ora, muito me REGOZIJO no Senhor por terdes finalmente renovado o vosso cuidado para comigo; do qual na verdade andáveis lembrados, mas vos faltava oportunidade." (4:10)
1° A fase da Frustração
“Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás”
1 – Viver um ministério baseado apenas do que já foi.
1. 1 - Você não foi chamado para ficar atrás.
2 - O que te marcou por falta de experiência?
A primeira experiência, o primeiro toque, o começo
2.1 - Quantas vezes você se puni por ter errado em uma decisão, e satanás esta usando isto para perturbar a sua mente gritando com acusações e dizendo Deus não te chamou.
Satanás quer que todos os pastores carreguem este sentimento “O sentimento de Sarepta”
1Rs 17:20
Este sentimento passa até o capitulo 19:3 e 4 e chega ao Horebe de Deus,o profeta pedindo a sua própria morte.
Houve nesta estância quatro sentimentos gerados pela frustração.
1° Medo
2° Solidão
3° Deserto
4° Falta de sonhos
Deus permite as frustrações, para que com elas possamos aprender e depender de Deus.
2ª A fase das realizações
“... e avançando para as que estão diante de mim...”
Novos desafios espirituais e avanço do ministério que Deus nos confiou.
Deus esta renovando os nossos sonhos, para novas conquistas.
Os desafios e conquista são diários
a.Ganhar almas
b.Preparar para ser obreiro
c.Comprar terreno
d.Construir
3ª A fase do idealismo
“... prossigo para o alvo...”
Qual tem sido o seu ideal, sua meta, seu propósito, seu alvo?
A desculpa mais esfarrapada que muitos dizem é esta
“To esperando no tempo de Deus”
O tempo não espera
Josué recebeu a palavra e saiu para guerra
Gideao recebeu ordem e foi para cima do inimigo
Paulo recebeu a chamada e começou a pregar.
Deus não abençoa obreiro que não sabe o que quer.
4ª A fase do premio
Cada obreiro do Senhor esta na empreitada por causa do premio.
1° premio é para vencer todos os obstáculos do ministério 4:11 – 13
2° premio é eterno 3:20 - 21
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A AFIRMATIVA DOS CATÓLICOS DE QUE OS EVANGÉLICOS SÃO HEREGES.

Se analisarmos corretamente as palavras SEITA e HERESIA, examinarmos a BÍBLIA e verificarmos os fatos históricos com atenção, (daí a necessidade de estudarmos a História da Igreja), veremos que na verdade os Protestantes, ou Evangélicos, não criaram novas Doutrinas, falsificações ou cerimônias estranhas aos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo, ou seja, doutrinas que não estão na Bíblia. E assim, qualquer pessoa em sã consciência, sincera diante dos homens e de Deus, pode concluir que os Protestantes, ou Evangélicos, que têm a Bíblia como REAL e INTEGRAL “Ponto de Referência” para sua fé, são os verdadeiros cristãos. Isto é, sem nenhuma Doutrina nova, seguindo e ensinando a Religião do Senhor Jesus, sem nenhuma modificação nem acréscimo, exatamente como se encontra na Bíblia que é uma só.
“Cristão” significa seguidor, ou discípulo do Senhor Jesus Cristo, que faz o que Ele manda, Jo. 15. 14; 2. 5. Este nome nasceu em Antioquia, pelo ano 43 A.D. e foi dado aos discípulos de Cristo pelos seus inimigos em sinal de desprezo, At. 11. 26.
Doutrinas falsas e Antí-Bíblicas foram as causadoras da Igreja Católica. Irei me deter apenas em uma obedecendo a determinação do enunciado do presente trabalho exigido pelo mestre Expedito.

A MISSA

A "MISSA" substituiu o Culto Cristão no ano 394, e tornou-se sacramento a partir do ano 604, com S. Gregório. – A CEIA DO SENHOR, que era simples como se vê no quadro da "Última Ceia" de Leonardo da Vinci, foi celebrada dessa forma por doze séculos, mas no ano de 1200 a Igreja Católica substituiu o pão pela hóstia.

A Ceia Cristã sofreu nova agressão quando do Concílio de Roma, anos 1215-16, isolou as palavras figuradas de Cristo "Isto é meu corpo e isto é meu sangue", fizeram uma péssima exegêse criando o dogma da Transubstanciação.

No ano 1414, o papa João XXIII, retirou o vinho da cerimônia e as Igrejas passaram a servir aos fiéis somente a hóstia. – O Catolicismo diz que esse papa foi "antipapa" mas acolhem essa sua decisão até hoje.
O CONCÍLIO DE TRENTO, ano 1551, deu o golpe final contra a Ceia do Senhor, definindo e aprovando o dogma da Transubstanciação! – A partir desse Concílio, qualquer sacerdote católico, com um passe, transforma o trigo, vinho e água em carne, ossos, sangue, nervos e cabelos de Cristo, tudo dentro de uma hóstia!

A palavra "eucaristia" significa ação de graças, até hoje os teólogos católicos desentendem entre si sobre a aplicação desse termo no "santíssimo sacramento"(Ver a Missa, pág. 14, do ex-padre Dr. Aníbal Reis).
O papa Pio IX gloriava-se com o dogma exclamando: "Não somos simples mortais, somos superiores à Maria, ela deu a luz só a um Cristo, mas nós podemos fazer quantos cristos quisermos!"(Gazzeta da Alemanha nr. 21, 1870)

Até o século XII, nenhum cristão aceitava que a farinha se transformasse em Cristo, até que surgiu um papa autoritário e truculento que sancionou o dogma! Esse papa foi Inocêncio III, anos 1198-1216. O perfil desse papa:
Dizia que "O céu e a terra se submetem ao vigário de Cristo."
Condenou a "Carta Magna" e ordenou o massacre no ano 1208 dos Albigênses na França. – Organizou duas cruzadas guerreiras.
Instituiu o confessionário e introduziu a hóstia nas igrejas.
Proibiu a leitura da Bíblia.
Decretou a Inquisição, efetivada pelo para Gregório IX, milhares morreram.
Sancionou a Transubstanciação por decreto, uma temeridade!

A igreja resistiu ao dogma por 335 anos, mas foi vencida. Alguns decidiram por milhões e a inverdade prevaleceu.
A igreja exige respeito pelo dogma, pedem que não mastiguem a hóstia e o Missal Romano, pág. 58, prescreve que "Se um padre sentir-se mal durante a celebração da missa e vomitar a hóstia, deve engolir o que pôs para fora.

Quando a transubstanciação foi introduzida nas Igrejas Católicas houve discussões escolásticas! O professor Alexandre Halles ensinava que "Se um morcego engolir uma hóstia terá engolido o próprio Cristo!"- O bispo Boaventura achou repugnante, mas S. Tomaz deu razão para Alexandre. (Roma, a Igreja e o Anticristo, pág 280).

No Canadá, o jovem padre Daule descuidou de umas hóstias, horrorizado viu ratos devorando-as! – Correu em direção ao bispo exclamando: "Os ratos comeram nosso bom Deus!"(citado pelo padre CHINIQUI, sua biografia, pág. 334).

Ex-padre e Dr. Hipólito de Oliveira Campos, quando exercia o sacerdócio em Cuiabá, esqueceu hóstias que emboloraram criando larvas! – Resta perguntar, que tipo de cristo possui o Catolicismo Romano?
Rubano Mauro, anos 788-857, Abade de Fulda, depois Arcebispo de Moguncia, considerava "Heresia grave supor que na eucaristia estava presente a carne nascida de Maria."(Epístola ad Heribaldum).

Santo Agostinho, bispo de Hipona, anos 354-430, gracejava jocosamente da transubstanciação, cuja idéia já existia no seu tempo. – Pregando nas Igrejas dizia: "Por que preparas os dentes e o estômago? Confiar em Cristo é comer o Pão da Vida, não se pode engolir Aquele que subiu vivo para o céu!" (Ver tratado sobre João nr. VXV e Sermões nr. 131, nr.1).

A "La Grande Enciclopedie Française" comentando a eucaristia escreveu que "Os teólogos católicos imaginaram os povos mais feiticistas e os cultos mais idólatras! – Tomam a farinha cozida e o vinho e dizem: Eis nosso Deus, comei-o!" Proibidos de raciocinar, os clérigos esqueceram de ler Santo Agostinho e a ignorância tornou-se moléstia geral!
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Dieta mediterrânea pode proteger contra Alzheimer, diz estudo

Alimentação é rica em peixes, cereais, vegetais, e gorduras não-saturadas.Pesquisa acompanhou 1.890 moradores de Nova York.
Luis Fernando Correia Especial para o G1
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A adesão à dieta mediterrânea reduz risco de evolução da doença da Alzheimer. Pesquisa publicada na revista "Archives of Neurology" traz dados que apontam para os benefícios da dieta mediterrânea para pessoas idosas com pequeno déficit cognitivo.
Leia mais Saúde em foco
Moradores de Nova York que apresentavam discreta diminuição das funções neurológicas e aderiram à dieta mediterrânea apresentaram uma redução de 28% no risco de evoluírem para doença de Alzheimer.
A dieta é rica em peixes, cereais, vegetais, e gorduras não-saturadas – azeite de oliva - além de pequenas quantidades de laticínios, carne e gorduras saturadas e uma dose mínima de bebidas alcoólicas.
Foram avaliados 1.890 moradores de Manhattan, recrutados entre 1992 a 1999. No início do estudo aproximadamente 25% das pessoas tinha um pequeno déficit cognitivo.
O acompanhamento durou 18 meses e questionários detalhados foram preenchidos e avaliações médicas seqüenciais foram realizadas.
A aderência à dieta foi classificada em grupos possibilitando a comparação do impacto da dieta sobre a doença cerebral.
O grupo que manteve a dieta com mais freqüência teve um benefício maior em termos de diminuição do risco de evolução para Doença de Alzheimer do déficit inicial.
As análises apontaram para cerca de 45% de redução de risco do grupo mais disciplinado, comparado ao que se ligou menos à dieta prescrita.
Os mecanismos por trás do efeito benéfico ainda não são claros para os pesquisadores. O efeito sobre o sistema vascular já é conhecido e pode ter um papel no efeito positivo em geral.
Infelizmente o estudo não conseguiu separar fatores como exercícios físicos e bons hábitos na evolução positiva, o chamado efeito pessoa saudável. De qualquer forma esse trabalho reforça a noção de que a proteção cerebral dos efeitos do envelhecimento começa com uma dieta equilibrada.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.
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Descoberta pelo Google Earth, ilha em formato de coração atrai casais

Dono da ilha na costa da Croácia já foi contatado por diversas pessoas. Local ganhou notoriedade depois de aparecer na ferramenta do Google.
Do G1, em São Paulo
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Google Earth 'popularizou' a ilha com formato de coração. (Foto: Reprodução )
Uma ilha com cerca de 120 mil metros quadrados na costa da Croácia entrou na mira dos apaixonados, depois de ser revelada no Google Earth. O dono da ilha deserta, Vlado Juresko, afirmou ter recebido diversos pedidos de casais que querem ficar no local -- em muitas partes do mundo, o dia dos namorados é comemorado no dia 14 de fevereiro. Chamada anteriormente de Galesnjak, a ilha que fica no mar Adriático ganhou agora o nome de “ilha dos namorados”. “É incrível. Achamos que essa é a ilha com o formato mais parecido de um coração em todo o mundo. Ninguém vive nela, então é perfeita para aqueles que querem passar algum tempo sozinhos”, disse Juresko, segundo o jornal “Telegraph”. “Sempre achei que ela tinha o formato de um coração, mas desde que ela apareceu no Google Earth muitas pessoas de todo o mundo a viram e querem ficar lá.” Segundo o jornal “Daily Mail”, Juresko não informou se sua ilha passará ou não a receber turistas. Por se tratar de um local deserto, seria necessário criar alguma estrutura para os visitantes terem acesso a água e comida.
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SONHOS QUE NUMCA FORAM SONHADOS!

Graça e paz a todos;Com meu coração muito feliz quero louvar ao nosso Deus pelas bênçãos conquistadas e antes de qualquer reflexão quero com toda minha alma agradecer a todos aqueles que demonstraram firmeza e maturidade ,quero lembrar a cada um de vocês que a fidelidade a Deus é o principio de todas as bênçãos,por isto estamos vencemos mais um ano de muitas lutas,e porque não dizer, também de muitas conquistas.Agradeço a Deus pelas pessoas que tem sido bênção para sua obra,e como é lindo ver a igreja toda unida para o trabalho do Senhor,”.Este ano será o começo de uma nova história para todos nós,com muita prosperidade e trabalho para o nosso Deus e Senhor Jesus.Você sabia que o lugar mais rico deste planeta não são os campos de petróleo do Kuait, do Iraque ou da Arábia Saudita. Tampouco, as minas de ouro e de diamantes da África do Sul, as minas de Urânio da União Soviética e as minas de prata da África. Embora isso seja surpreendente, os depósitos mais ricos de nosso planeta podem ser encontrados a alguns quarteirões da sua casa. Eles estão no cemitério local. Enterrados embaixo do solo.Dentro das paredes daqueles túmulos sagrados estão sonhos que nunca se realizaram, canções que nunca foram escritas, pinturas que nunca encheram uma tela, idéias que nunca foram compartilhadas, visões que nunca se tornaram realidade, invenções que nunca foram criadas, planos que nunca passaram da "prancheta" mental e propósitos que nunca foram realizados. Nossos cemitérios estão cheios de um potencial que permaneceu inerte.Você tem um grande potencial de Deus,não desista jamais,e nunca enterre seu talento
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